Why am I procrastinating?

I am in peak procrastination season — that time in the semester when I find myself looking for any and every excuse to avoid all of my assignments. Maybe you feel the same or maybe it’s because I’ve…

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Poliamor sem groselha

Vejo aqueles documentários do GNT sobre adoção, alimentação, amor e me dá náuseas, tudo cheira a groselha. Algumas chamadas do programa sobre poliamor me davam a sensação de que, apesar das barreiras, tudo será lindo e maravilhoso, o amor vencerá, e aquelas pessoas sempre jovens, fit, bonitas de um jeito ou de outro, com as roupas estilo “imita pobre” mas caríssimas, como é lindo nosso amor poliafetivo, dividimos nossa tigela de arroz integral, todo mundo alternativão, articulado tipo assim, cabeça fresca, cara de quem vive de transar, fumar maconha e esperar trabalho indicado pelos amigos.
Eita que sobe aquele cheiro de groselha pela tela.
Mas aí que chega minha cidade natal, Rio de Janeiro, e oficializa a primeira relação poliafetiva. Três pessoas, um homem mais velho e duas moças bem mais jovens, nem profissão direito elas têm. Assinaram embaixo. Em que pesem minhas objeções ao perfil macho alfa de tantas relações do gênero ( um homem+duas mulheres), tanta verdade naquela foto. Gente com cara de povo. Comedores de mortadela. Assistidores de novela. Torcedores de futebol. Esmagados nas promoções do Guanabara. Pegadores de moto-táxi. Faladores de gírias de humorístico. Ouvidores de pagode. Madureira. Classe média baixa.
Não é moda, não é brincadeira, é a vida deles sem artifícios, sem luz bonita, sem ângulo certo da câmera. Em um bairro tão tradicional quanto a Portela local. Pessoas como eles movem o mundo e bancam a sério a mudança. Com todo meu respeito ao pessoal poliafetivo groselha, mas esse poliamor é tão raiz que nem sei. Porque o subúrbio do Rio tem uma verdade rodriguiana que jamais se esgota.
Em nome dessa verdade, eu brindo a esse amor e sexo a dois, a três, escancarando de vez — com muito cheiro de suor, porra e cecê.

Intertextualidade cantada por Elymar Santos, “Escancarando de vez”.

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